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terça-feira, 21 de junho de 2011

ALERGIA AO LEITE X REFLUXO


Qual a relação entre o refluxo gastroesofágico e a alergia à proteína do leite de vaca?

O refluxo gastroesofágico e a alergia à proteína do leite de vaca podem ocorrer ao mesmo tempo em 16 a 42% dos bebês. Possue aspectos comuns relacionados aos sintomas, idade de acometimento e evolução.

As causas que promovem o refluxo gastroesofágico são várias, dentre elas, o número de vezes aumentado que ocorre o relaxamento da válvula que fica entre o esôfago e o estômago (esfíncter esofágico inferior), e o tempo maior para o estômago esvaziar seu conteúdo, seja secreção gástrica ou alimentos.

Em relação á alergia à proteína do leite de vaca, através de uma inflamação que se instala na parede do estômago e intestino, ocorre uma dificuldade nos movimentos peristálticos desta região, levando a uma lentidão na eliminação do conteúdo gástrico. Com isto, no momento em que o esfíncter esofágico inferior (válvula) relaxa espontaneamente, o material que está no estômago reflui (volta) para o esôfago.

Nas crianças menores de 1 ano com vômitos recorrentes, uma história detalhada e exame físico minucioso realizado pelo médico pediatra permitem o diagnóstico de refluxo gastroesofágico.

Alguns aspectos clínicos presentes na criança com alergia à proteína do leite de vaca também podem ocorrer no refluxo, como vômito, dificuldade de ganho de peso, irritabilidade, choro excessivo, recusa alimentar, anemia, distúrbios do sono e sintomas respiratórios.

A dificuldade ocorre na presença de tais manifestações, para diferenciar o refluxo gastroesofágico patológico primário daquele secundário à alergia à proteína do leite de vaca.

Quando a criança está recebendo tratamento para o refluxo gastroesofágico, através de dieta adequada, postura correta ao dormir e medicamentos, e não apresenta melhora dos sintomas, o médico associa o refluxo á alergia ao leite.

O diagnóstico da presença da doença do refluxo gastroesofágico associado à alergia à proteína do leite de vaca é feito através de teste terapêutico, já que não existe nenhum exame laboratorial ou radiológico que possa definir esta associação. Esse teste terapêutico é feito retirando-se o leite de vaca e derivados da dieta da criança e da mãe, quando a mesma está amamentando, e introduzindo fórmulas de leite à base de proteínas consideradas com baixo poder alergênico, chamadas de hidrolisados protéicos.